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4 motivos para perdoar

Todos nós já fomos feridos profundamente de alguma forma. Uma traição, uma crítica pelas costas por parte de um amigo, julgamentos horrorosos de alguém na igreja, uma acusação falsa de um colega de trabalho, tratamento injusto de um chefe ou um pai. Quanto mais profunda a ferida, mais difícil e mais tempo leva para conseguirmos perdoar.

Guardamos rancor, e o ressentimento cresce nos nossos corações. Alimentamos a ofensa. Como resultado, permanecemos prisioneiros da nossa dor e comprometemos o nosso cérebro.
Quando alguém nos fere, é natural e normal sentir dor. Deus criou os nossos cérebros para nos ajudar a sobreviver quando sentimos dor. Deus criou os nossos cérebros para nos ajudar a sobreviver quando nos sentimos ameaçados. Há um mecanismo de resposta gerado nos nossos centros emocionais chamado de “fight-flight-freeze”, que manifesta sinais como choro, desejo de socar, travamento da mandíbula, sentimentos homicidas. Este mecanismo de resposta é encontrado na amígdala cerebral (duas pequenas estruturas em forma de amêndoa).

Quando a amígdala é ativada, uma série de processos bioquímicos inicia. As glândulas adrenais que se localizam no topo dos nossos rins liberam o cortisol (hormônio do estresse) nos nossos corpos, e o nosso cérebro libera neurotransmissores. Este, em resposta, ativa parte do nosso sistema nervoso chamado de sistema nervoso simpático. Quando este sistema é ativado, entre outras coisas, nossa atenção e foco aumentam grandemente, nos preparando para a sobrevivência. Nosso sistema digestivo para, nossas pupilas dilatam, nossas glândulas salivares diminuem, nossa pressão arterial e batimento cardíaco aumentam, e nossos músculos se preparam para a ação. Nosso corpo se prepara para lutar, correr ou congelar. Daí o nome “fight-flight-freeze”.

Esse processo pode ocorrer tanto quando estamos em perigo real, quanto quando percebemos a dimensão da dor que alguém nos causou.

A falta de perdão pode manter nossos corpos e cérebros em estado de alerta, e nos conduz a resultados pouco saudáveis:

1- Ruminação: nós alimentamos e realimentamos a dor, que reforça nossas emoções negativas e tornam a dor ainda mais profunda, afetando nossas vias neurais. Quando não estamos focados numa tarefa, nosso eu interior sempre nos levará de volta para situações dolorosas.

2- Diminuição da memória: quando permanecemos estressados por longos períodos de tempo (isto é, quando nos recusamos a perdoar), o cortisol causa uma atrofia do cérebro, principalmente no centro de memória chamado de hipocampo.

3- Emoções negativas amplificadas: o estresse prolongado também amplifica a sensibilidade na nossa amígdala, nos tornando mais suscetíveis a outras dores emocionais.

4- Schadenfreude: este conceito descreve o prazer secreto que algumas pessoas sentem quando veem aqueles que os feriram experimentando fracassos. O que acontece é que o cérebro dessas pessoas produz o neurotransmissor chamado dopamina; um neurotransmissor que produz prazer. Esta substância, uma vez secretada, faz com que a pessoa se sinta bem ao ver coisas ruins acontecendo com aqueles aos quais não perdoa. É o oposto do que Jesus ensinou, que nos ordena orar pelos nossos inimigos.

Não deixe a falta de perdão amargurar a sua vida. Pense nestes quatro motivos; vale a reflexão. Compartilhe e ajude mais pessoas a se libertarem das mágoas.

Artigo escrito por Charles Stone, tradução Lamartine Posella.

Por Lamartine Posella

O medo e o fim dos tempos
Ele não pode ser escondido

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