O livro de Ester nos conta sobre como Deus intervém na história para ajudar o povo.
O Rei Assuero (no grego Xerxes), filho de Dario I, tinha um palácio de inverno em Susã. Por volta do ano 483 a.C. ele decide dar uma grande festa em comemoração à demonstração de riqueza e poder. Vasti, sua esposa e rainha, a despeito da convocação do Rei, decide não comparecer.
Seguindo o conselho de seus astrólogos, o rei a depõe. Como não poderia ficar sem uma rainha, o Rei decide que todas as donzelas do seu reino deveriam comparecer para que pudesse escolher uma dentre todas. Ester, a pedido de Mordecai, se apresenta e é escolhida como Rainha.
Sabemos pela história que devido às guerras das Termópilas, quatro anos se passaram até que Ester fosse oficialmente escolhida Rainha – 479 a.C.
Sabiamente, a nova Rainha decide manter a identidade judaica em segredo. A razão é que Haman, o primeiro ministro do Rei, deseja acabar com todos os israelitas, inclusive tendo conseguido que o Rei estabelecesse um decreto dando direito a todos os homens de matar esse povo inferior. Seu argumento era de que a Pérsia precisava de uma limpeza étnica.
A razão do ódio de Haman por Mordecai vem do fato dele se recusar a se inclinar perante ele. Para um judeu, este ato seria uma blasfêmia.
É nesse momento que Ester, mesmo arriscando a própria vida, se apresenta diante do Rei para interceder por seu povo. Segundo o costume dos Persas, ninguém poderia se apresentar diante do Rei sem ser convocado. Mesmo a rainha, se o Rei não levantasse o seu cetro em sinal de aprovação, seria condenada à morte.
Graças à intervenção divina, como também o amor do Rei por Ester, ele permite a audiência. Ao perguntar-lhe o que queria, Ester diz que gostaria de convidar o Rei e o seu amigo favorito para um banquete.
Haman, sem suspeitar de nada, e sem conhecer o relacionamento de Ester com Mordecai, se sente profundamente lisonjeado pelo convite.
Este é o ponto de virada da nossa história. O Rei ficou com insônia e, lendo as suas crônicas, descobre que Mordecai o salvou de ser morto por seus eunucos. Decide, então, honrá-lo diante de todos os seus convidados. Pergunta a Haman qual tipo de honra seria adequada para alguém que o Rei desejasse muito exaltar. Haman, pensando que seria o homenageado, instrui o Rei sobre o tipo de honra que deveria receber.
Triste destino o seu: quando o banquete acontece, ele descobre o engano. A partir daí, dois destinos são determinados: o primeiro, o de Haman, que foi condenado à morte. O segundo, o de Mordecai que, pela providência de Deus, se torna o primeiro ministro no lugar de Haman.
No entanto, já havia um decreto do Rei para matar os judeus e, por mais que o Rei quisesse, não podia revogá-lo. Então, a pedido de Ester, o Rei autoriza que seja promulgado um outro decreto, no qual estava estabelecido que todos os israelitas tinham o direito de se defenderem.
Com isso, Deus salvou o seu povo e exaltou os seus filhos.
A direção de Deus na vida de Ester e Mordecai ainda teve outro desdobramento.
Quando Assuero (Xerxes) morreu, seu filho Artaxerxes assumiu o lugar, e foi segundo o seu Reinado que Neemias teve o direito de voltar para Jerusalém para reconstruir os muros.
Certamente a influência da Rainha mãe Ester estava presente na vida do enteado Artaxerxes. Portanto, Ester salvou o seu povo e, ainda, influenciou o enteado a dar provisão para que seu homem de confiança, Neemias, voltasse a Jerusalém para restaurar o muro da cidade.
Neemias tornou-se, neste tempo, governador da Judéia.
Quando uma mulher se coloca nas mãos de Deus, sua história pode afetar o destino de gerações. Com seu testemunho, seja diante de Reis ou simplesmente com seus próprios filhos, Deus pode aumentar o seu grau de influência de maneira espetacular.
Deus é o Senhor da história e, para cumprir os seus propósitos, Ele nos coloca em lugares estratégicos, com conexões importantes.
Estejamos com os ouvidos abertos para obedecer a direção de Deus e Ele nos exaltará.