Neste fim de semana, o mundo cristão celebra a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Para muitos, somente mais um feriado para descansar, para encontrar a família, além de uma oportunidade ímpar para comermos peixe, e bacalhau. Mas, eu gostaria de aproveitar esse dia tão importante para lhes dizer algo muito especial: Jesus entende.

Logo após celebrar a Santa Ceia, Jesus foi com alguns dos seus discípulos para o Jardim chamado “Getsemani” (O Jardim das Oliveiras). Com a alma aflita até a morte, ele pede aos seus discípulos que o ajudem em oração, mas eles dormem.
Sua agonia se intensifica a ponto de estourar os micro-vasos sanguíneos, permitindo que gotículas de sangue se misturassem com seu suor.
Por isso, Jesus entende quando alguém está profundamente deprimido e as pessoas preferem fugir a gastar um tempo para ouvir os seus temores e tristezas.

• Ele teve que lutar sozinho com a sua própria alma.
• Ele entende o coração ferido de quem foi traído com um beijo.
• Ele entende o marido que descobre que a esposa que lhe jurou fidelidade, agora está enamorada por outro homem.
• Ele entende quando uma filha deseja muito ser abraçada por seu pai no dia do seu aniversário, mas o mesmo está distante, abraçando filhos de outro lar.

Em seguida, foi levado para diversos lugares para julgamento. Ao todo, foram 3 julgamentos judeus e 3 romanos. Em todos eles, ninguém encontrou nele alguma culpa. Mas, isso não foi o suficiente para inocentá-lo. Estava escrito na eternidade que o filho de Deus inocente deveria morrer pelos pecadores.

Judas o vendeu por 30 moedas de prata. Pedro o negou 3 vezes. Pilatos, o procurador romano, lavou as mãos. O povo escolheu livrar Barrabás, um radical violento e assassino.

Ele foi açoitado, recebeu cusparadas, lhe colocaram uma coroa de espinho, e por fim foi crucificado nu.
E, o que mais lhe feriu, sem dúvida alguma, foi o silêncio do pai enquanto bradava na cruz: “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?”
Por isso, Jesus entende.

• Ele entende quando o pai que deveria proteger o filho o abandona.
• Ele entende quando um amigo que deveria ser leal até o fim o trai por outras moedas de prata.
• Ele entende quando o inocente é condenado pela culpa de outros.
• Ele entende quando a dor que você sente é tão profunda, que você preferiria morrer a viver dessa forma.

Mas, se ele somente pudesse entender a nossa dor, seria mais um dentre os inúmeros injustiçados ao longo da história dos homens.

O horror da sexta-feira santa não era o fim. No domingo, dia de primícias, contra todas as possibilidades humanas, Jesus quebrou os grilhões da morte, e ressuscitou dos mortos.
Agora, não era mais o servo sofredor. Era o filho de Deus, revestido de um corpo imortal e glorificado.
Não era mais o cordeiro que se entregou por nós. Ele era, e é o Leão da tribo de Judá, o redentor de todo aquele que nele crê.

Não se esqueça! Talvez você esteja vivendo a escuridão da sexta-feira da paixão, mas ainda há o domingo da ressurreição.

Ele entende todos nós que sofremos. E, não somente entende, mas tem o poder de aliviar, minimizar, e por fim, acabar com o sofrimento.

Saibam disso, “O choro pode durar a noite inteira, mas alegria vem ao amanhecer” Sl 30:5.

Graças a Deus! Ele nos entende. Feliz Páscoa para todos!

Por Lamartine Posella