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Por que eu?

Por que eu? O que Deus está tentando me dizer? Será que todo sofrimento que estou passando é por merecimento?

Pessoas que passam por tragédias tendem a acreditar que não há morte sem pecado, e não há sofrimento sem iniquidade. Na verdade, ainda que poucas pessoas tenham coragem para falar, a maioria de nós vê a mão de Deus por trás dos desastres naturais, nos defeitos de nascença, nas doenças crônicas, nas fatalidades, nas dores extremas.
Será que alguns homens estão recebendo as consequências do pecado dos pais – uma perpectiva mais fácil de imaginar, mas altamente injusta.

Certa vez Jesus viu um cego de nascença. Seus discípulos lhe perguntaram: “Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?” Disse Jesus:

“Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele. Enquanto é dia, precisamos realizar a obra daquele que me enviou. A noite se aproxima, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”.

Tendo dito isso, ele cuspiu no chão, misturou terra com saliva e aplicou-a aos olhos do homem. Então lhe disse: “Vá lavar-se no tanque de Siloé” ( que significa Enviado ). O homem foi, lavou-se e voltou vendo. Seus vizinhos e os que anteriormente o tinham visto mendigando perguntaram: “Não é este o mesmo homem que costumava ficar sentado, mendigando?” Alguns afirmavam que era ele. Outros diziam: “Não, apenas se parece com ele”. Mas ele próprio insistia: “Sou eu mesmo”. “Então, como foram abertos os seus olhos?”, interrogaram-no eles. Ele respondeu: “O homem chamado Jesus misturou terra com saliva, colocou-a nos meus olhos e me disse que fosse lavar-me em Siloé. Fui, lavei-me, e agora vejo”. Eles lhe perguntaram: “Onde está esse homem?” “Não sei”, disse ele. (João 9:1-12)

Jesus negou que Deus estivesse punindo aquele cego. Ao contrário, sua cegueira tinha o propósito de glorificar o Pai. Ele queria que os doentes soubessem que são especialmente amados e nunca amaldiçoados por Deus. Cada um dos milagres, curas e atos de misericórdia realizados por Ele provou isso.

Enquanto os discípulos estivessem preocupados com a questão teológica, Jesus estava olhando a dor que acompanhava o ser humano.
Ainda que poucos tenham o infortúnio da cegueira, muitos carregam o peso da culpa de pecados que não são seus. Como consequência, ao passarem por qualquer infortúnio, seja ele pequeno ou grande, não faltam os tribunais de Jerusalém, os versados nas teorias do castigo e os algozes de plantão.

Estes, a exemplo dos que encontraram o antigo cego e agora vidente, nunca reconhecerão o poder da graça de Deus – “Os tapa-olhos teológicos não caem com facilidade” (Philip-Yancey).

A enfermidade é fruto de uma natureza disfuncional; é uma falha mecânica envolvendo corpo, mente e alma. Tal desordem pode ser adquirida pelo indivíduo, sendo ele ativo ou passivo.
Por exemplo: se um indivíduo adquire Aids no ventre da mãe ele foi passivo. Por outro lado, se alguém tem uma vida promíscua sexualmente e adquire Aids, esse alguém foi ativo na admissão da doença.

No entanto, ao tratar do tema sobre enfermidades, calamidades e tragédias que alcançam os seres humanos, não podemos deixar de nos envolver com a dor e a miséria dos seres humanos, pois pior do que a doença da Aids é a doença da indiferença. Aliás, já há medicamentos que prolongam e muito a vida dos infectados pelo HIV, mas não podem tratar o problema principal, o de serem repudiados.

Eu acho que todos deveríamos mudar a pergunta – em vez de perguntarmos “Por que eu?”, deveríamos perguntar: “Para que, Senhor?” Toda grande prova tem uma grande finalidade.

Ainda que os religiosos não consigam enxergar a graça de Deus em nossas vidas.
Ainda que a grande transformação não seja uma grande cura, mas a força para continuar a testemunhar o amor de Cristo. Ainda que aquela prova venha somente para lhe fazer uma pessoa melhor, que o leve a olhar menos para você e mais para os outros; menos para dentro e mais para cima.

Tenho certeza que você se sentirá muito melhor; mais em paz, mais sereno, mais feliz.

Por Lamartine Posella

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1 comentário

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  1. Os infortúnios, os tribunias de Jerusalém, os versados na teologia do castigo, os algozes de plantão existem e com uma força cada vez maior, porém o Espirito Santo tem me dado o real significado deles, que é de criar dentro de mim uma estrutura sobrenatural, para que em Jesus Cristo, eu possa cumprir o grande propósito que Deus planejou para minha vida. Isto se chama, pós graduação, doutorado, mestrado e especializações na escola do Espirito Santo. Grandes conquistadores precisam desenvolver estruturas sobrenaturais com o exercício do amor e do perdão constante e cada vez com mais intensidade. Não é fácil mas é necessário, é para o encontro da Noiva com o Noivo.

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