Santo Agostinho dizia que só há dois tipos de coisas no mundo: As coisas que se usam e as coisas que se usufruem.
Não temos saudade das coisas que se usam, mas das que usufruímos!
Uma linda canção ou um poema de amor não servem para nada, a não ser para nos fazer felizes.
Tenho saudade dos momentos alegres com meus amigos. Tenho saudades dos lugares que me emocionaram, do tempo que não volta, das cores, dos sons, dos sonhos, das emoções, dos sabores, dos cheiros, das risadas, dos encontros, e das lembranças, e até da própria saudade.
Por que olhar a vida com tanto rigor? Por que correr tanto para alcançar algum lugar, para depois, descobrir que o mais importante foi a caminhada, e os cenários que ficaram para trás? Por que estar ansioso pelo futuro, sabendo que, no fim, chegaremos ao nosso ponto de partida?
Hoje, olho para a vida, não procurando as grandes coisas, mas as pequenas que, ao passarem, se tornarão as mais importantes, as mais fundamentais, as que mais marcarão a minha alma.
Tenho saudade do abraço da minha mãe que já se foi, do som da voz do amigo mais chegado que um irmão, dos afagos da minha esposa amada, e dos momentos de adoração do início da minha vida cristã.
Descobri que prefiro a saudade ao desencanto da vida; prefiro a saudade a uma existência insólita sem amor.
Às vezes, a saudade é dolorosa, outras vezes, a saudade é portadora da esperança. De um jeito ou de outro, é melhor sentir saudade do que nada sentir.
Não me furto aos grandes chamamentos, e tampouco, aos grandes desafios, mas, aprendi que o que faz da vida uma grande vida são os pequenos, e significativos momentos que usufruí, e não os que usei.